Estamos esbarrando na Era de Aquário e, o que a humanidade se comprometeu a aprender, aprenderá. Seja pelo amor, seja pela dor, a escolha é nossa. Somos independentes em nossa natureza, precisamos apenas aprender a sermos, de fato, independentes e fraternos enquanto espécie e não apenas individualmente. E, para tanto, precisamos, com muita disciplina e determinação, desenvolver nossa mente superior e nossa capacidade de raciocínio imparcial.
Em Aquário, a individualidade do homem, tão cuidadosamente cultivada em Leão, agora se torna parte da sociedade como um todo. Capricórnio define a estrutura e as regras da sociedade e Aquário assume o papel de fazer as organizações da sociedade funcionarem como devem, orientadas para as pessoas, para o coletivo e não apenas para o nível individual. Aquarianos são os “coletivistas” originais do zodíaco. Tendem a tratar da mesma forma qualquer pessoa em qualquer posição hierárquica.
A capacidade intelectual simbolizada pelo elemento Ar atinge o seu ápice em Aquário, onde a mente alcança o pensamento científico e impessoal, possibilitando feitos que transcendem o próprio homem considerado individualmente e passam a ter um impacto social. Estamos, pois, na dimensão da ciência, da política e da fraternidade.
O coração desse tripé é, sem dúvida, a fraternidade, sem a qual o avanço científico e o exercício da política levam ao totalitarismo, populismo e, em último caso, a guerras de extermínio.
É a fraternidade que permitirá que a impessoalidade do signo de Aquário não vire frieza, o que levaria à predominância do individualismo característico do eixo Leão-Aquário. Recordemos que, a todo signo de Ar (racional), se opõe a um signo de Fogo (passional) e há, sempre, uma característica do signo de Ar que será a crucial para evitar que sua razão seja dominada pelas raias da paixão de seu oposto/complementar. E, no caso de Aquário, essa característica é a fraternidade.
Simbolicamente falando, é a partir do ideal de fraternidade, construído a partir de uma capacidade de análise impessoal da vida, que Aquário consegue atingir a mente superior e possibilitar a evolução tecnológica e científica do homem, viabilizando melhores condições de vida e sustentabilidade. Sem a motivação de procurar o desenvolvimento que beneficie a todos, indistintamente, a ciência e a tecnologia podem levar à destruição da própria espécie e do planeta.
De igual forma, é esse ideal que deveria, ao menos de acordo com a simbologia milenar astrológica, embasar a atividade política, na medida em que essa concretiza, no atual modelo mundial, o processo através do qual tudo aquilo que foi pensado e construído (incluindo a justiça desenvolvida em Libra) possa ser distribuído à população. São as decisões políticas que determinarão como a divisão será feita e, sem um senso fraterno imparcial, caímos, novamente, nas garras da tirania, da concentração de renda, do privilégio, do preconceito etc. Todos símbolos do que há de pior no eixo Leão-Aquário.
Mitologicamente, Aquário está associado a Prometeu, que deu o Fogo dos Deuses aos homens e representa a mente superior que, depois de muito estudo, consegue processar todo o material de modo impessoal, possibilitando entregar à humanidade o conhecimento avançado que lhe garantirá o maior dos ideais de Aquário: a independência.
Esse conhecimento bem alicerçado também permite que a independência almejada seja obtida a partir de processos fraternos e racionais e não de rebeliões baderneiras e embasadas num anseio não revelado de anarquia, que também está representado na simbologia de Aquário. E, para tanto, esse processo deve ser desenvolvido com toda a disciplina de Leão (o signo oposto/complementar de Aquário).
E, por fim, o segredo é que essa independência, adquirida a partir de muito conhecimento, deve ser, de modo organizado e disciplinado, possibilitada a todos, tal qual a imagem astrológica do signo, representada por um homem que, do céu, despeja água sobre a humanidade. Se esse conhecimento, essa inteligência e esse anseio de independência forem utilizados em detrimento dos demais e não de modo fraterno, ter-se-á a destruição de si e do coletivo.