Categoria: Astrologia e Psicologia Junguiana

A essência do Signo de Touro

Touro é o primeiro signo do elemento terra e simboliza a natureza e a matéria, a forma primordial da vida. Regido por Vênus, planeta que valoriza a beleza e ao amor, Touro tem uma energia que conecta o homem à matéria e aos sentidos físicos. Essa energia faz o homem conhecer o material, ganhar senso de valor e o ajuda a se identificar com seus sentidos físicos. O mundo material é o foco da energia taurina, os planos físico e sensorial estão sempre em evidência. Todos os sentidos são voltados para possuir, usufruir, atingir e manter a segurança necessária através do material e palpável. Touro rege tudo que pode ser tocado e possuído. Nele temos nosso primeiro contato e conhecemos o plano físico. É a estabilidade e o poder de realizar.

É a energia que garante os pés na Terra e cria suas raízes, se conectando à matéria e aos sentidos físicos. É o bebê que dá seus primeiros passos e irá tocar, cheirar e sentir tudo ao seu redor. Tudo isso consume boa parte de sua força, por isso precisa possuir recursos que trarão segurança que ajudarão a energia a se manter.

Tocar, cheirar, dançar, sentir, enfim, sentir tudo fisicamente está intimamente ligado à energia taurina, que inicialmente representa a estabilidade, o concreto, o “pé no chão”. Touro é voltado para o conhecimento do plano físico e ele vibra de forma mais pesada, densa e fixa na terra. Todo esse materialismo pode até trazer limitações, mas também traz segurança, valorização (material e pessoal), poder de realizar e de construir.

Paciência, honestidade, praticidade e sensualidade também fazem parte do leque de qualidades de Touro. Porém, o lado sombrio da energia taurina pode abrir portas para teimosia, raiva e possessividade, transformando um sentimento de lealdade e sociabilidade em ciúme e materialismo extremo. Equilibrar com sucesso essa energia proporciona harmonia e estabilidade emocional, confiança, autocontrole e maior clareza de propósitos, que embora possam ser alcançados de uma forma mais lenta, com certeza serão mais sólidos.

O QUE É UM MAPA DE NASCIMENTO?

O que está embaixo é como o que está em cima. E o que está em cima é como o que está embaixo, de modo que o milagre da unidade possa ser cumprido.

O mapa de nascimento 

Qualquer compreensão da linguagem da Astrologia deve começar com o entendimento do que o Mapa Natal pode e não pode nos dizer. Essa mandala é um mapa astronômico altamente complexo, baseado não apenas na data do nascimento, mas também no ano, na hora e lugar. Este estudo não dita a sorte do individuo de forma predestinada. Simboliza as linhas básicas do desenvolvimento potencial do seu caráter. Com um mínimo de reflexão, percebe-se que uma pessoa agirá e moldará sua vida de acordo com suas necessidades, medos e capacidades, e que esses sentimentos derivam de sua disposição intrínseca. Se formos ignorantes de nossa própria natureza (como o é, a maioria que nunca investigou o seu inconsciente) , os astros não poderão ser culpados pelo fato de seguirmos precipitada e cegamente o caminho que nós mesmos escolhemos. Preste atenção a esse ponto fundamental para o estudo da Astrologia: Sorte é o que estamos “destinados” a fazer, livre arbítrio é o que “escolhemos” fazer.

 

O sistema solar não é apenas um arranjo do Sol e dos planetas físicos unidos pela força da gravidade orbitando no espaço. Também pode e deve ser visto como simbolo de um padrão de energia vivente, refletindo as formas menores de vida contidas nele a qualquer momento. Na tentativa de compreender o simbolismo do mapa de nascimento, é útil considerar o que conhecemos da psique, pois o mapa é realmente um modelo, em termos simbólicos, dos vários padrões de energia psíquica que compõe o individuo. Sabemos que é extremamente importante, se se busca auto plenitude e uma vida significativa que realize também o propósito maior para o qual nasceu, trazer à luz esses aspectos inerentes à sua própria natureza essencial, em vez de condená-los à perpétua escuridão do inconsciente.

O Mapa Natal é uma semente ou esquema de tudo que, em potencial,  pertence à personalidade de uma pessoa. É o mapa de uma estrada no seu sentido mais autêntico, pois o objetivo de seu estudo não é “superar” as “influências”dos planetas, mas sim dar espaço, na vida da pessoa, para a expressão de todas as qualidades e impulsos nele simbolizados. Só então o individuo pode se aproximar do plano original de desenvolvimento de sua vida conforme foi “concebido.”

 

 

 

 

POR QUE A ASTROLOGIA É UMA NOVIDADE DE 6.000 ANOS?

A Astrologia é uma das mais antigas formas de auto conhecimento que circulam pela Terra. Ela estuda o homem e seus enigmas há mais de 6.000 anos. Teve conseqüências profundas e duradouras na história da humanidade e atravessou fronteiras, crenças religiosas, sistemas sociais e valores culturais… O conceito de que os corpos celestes influenciavam nossas vidas sobrevive por séculos como um sistema de marcação do tempo: de semear e colher, das quatro estações da natureza, das chuvas e estiadas, dos nascimentos e mortes…… 

Tudo que a Astrologia põe à disposição da humanidade sempre foi e continua sendo um “manual de instruções” para que o homem se conheça e viva melhor, decifrando os mistérios que o constituem. Ela contribui para estimular os fatores de um crescimento mental, de uma melhor adaptação às condições de vida e, portanto, de um acesso mais rápido aos planos de evolução.

A Astrologia, em sua abordagem terapêutica e psicológica, e mais especificamente na leitura de um mapa natal, é um instrumento que descreve com precisão e profundidade a estrutura e a dinâmica das diversas forças e dimensões que formam a psique humana. Desde os conceitos básicos da psicanálise, presentes na representação dos três constituintes do aparelho psíquico: Id, Ego e Superego. Vemos a mesma descrição conceitual e funcional na Astrologia representada na dimensão do eu descrita, e na função desempenhada por, respectivamente, Marte, Sol e Saturno.

Não é surpreendente o fato de encontrarmos estruturas e descrições semelhantes de dimensões humanas tanto na Astrologia como na Psicologia uma vez que ambas são conhecimentos desenvolvidos por seres humanos e, portanto, possuem representações da subjetividade humana e são representadas por princípios arquetípicos do inconsciente coletivo.

Quando se diz que determinado planeta (uma dimensão do indivíduo, estrutura ou elemento mítico do inconsciente coletivo) está posicionado em um signo (qualidade arquetípica de manifestação), a informação fornecida por esta disposição é a que neste indivíduo particular a dimensão do eu representada pelo planeta se manifestará com uma qualidade dentro do espectro arquetípico representado pelo signo. Deste modo, temos uma informação precisa e objetiva que pode ser comunicada através de uma linguagem de códigos definidos (Mercúrio/Logos) diretamente ao consciente (Sol/Ego) para que este tenha o conhecimento da qualidade e do modo de interação das diversas forças que formam sua psique indicando potencialidades e conflitos resultantes desta interação.

Uma consulta de leitura do mapa natal, (ou seja, ter o mapa natal interpretado por um astrólogo profissional capacitado)  é sem dúvida muito reveladora. O mapa natal não diz quem você é, mas, fala do projeto que o Céu traçou para você realizar “quando crescer”… Para chegar a ser tudo aquilo que os astros projetaram no dia em que nascemos, é importante acelerar nosso crescimento em todos os níveis. O mapa natal explica e traduz a programação que estava no Céu, porém, não assegura o desempenho nem os talentos de cada um, afinal, “OS ASTROS INCLINAM, NÃO DETERMINAM”.

Vivemos num universo dual. Cada circunstância, cada fato pode ser experimentado em seu pólo positivo ou negativo; assim, os 12 signos devem ser entendidos como 12 diferentes modelos mentais, capazes de se desenvolver em plenitude ou se reduzir aos níveis menores.

Qualidades ou defeitos não existem; eles apenas anunciam a utilização correta ou insuficiente das polaridades de cada signo. Não existe signo que seja melhor ou pior do que os outros. Existem sim homens de maior ou menor maturidade; melhor definindo, de maior ou menor Idade Astral.

Referências bibliográficas

Astrologia,  A evidência científica – Percy Seymour

Stephen R. Covey

Astrologia Pscológica -Daniel Machado